Thursday, January 04, 2007

As duras do rock

Já não sei a propósito do quê, começámos a falar sobre este tema a poucas horas da passagem de ano, lá num bar de "camones" onde nos misturávamos lindamente (já que também éramos "camones"). As duras do rock. Começaram a surgir nos anos 60, com a Janis a liderar o grupo na brilhante interpretação de "A piece of my heart", entre outros. E a partir daí, começaram todas as seguir os seus passos. Em estilos que gosto mais, noutros que gosto menos, mas não é isso que está aqui em questão. É a selecção das duras do rock , que têm o talento e o carisma de suportar e se manter na dura vida dos palcos.
1º - Joan Jett - A Rainha

Joan Jett nasceu quando a Janis Joplin estava no seu auge, e aos 15 anos começou a acumular sucessos atrás de sucessos até aos dias de hoje. A sua marca foi "I love Rock and Roll", embora até prefira o "Let's do it" (OST de Tank Girl). Esta gaja dominou e continua a dominar...
2º - PJ Harvey - A deusa

Esta senhora tem a escola toda. Os pais deram a conhecer a música desde cedo e foi para a escola aprender saxofone. Também escreve sobre aquilo que gosta de tocar. "To Bring You My Love" foi o se primeiro sucesso a solo e a partir daí gerou um culto de fãs que seguem o seu trabalho religiosamente. Polly Jean contribuiu para a banda sonora de imensos filmes e até entrou no "Book of Life" (1998). Não conheço o filme, mas vai para a minha lista de filmes a ver. Aqui ficam "Down By The Water" e "Good Fortune". A não perder.

3º - Peaches - A maria-rapaz

Esta antiga professora primária e bibliotecária decidiu dar uma grande volta à sua vida para tornar-se numa das mais duras rockers comtemporâneas. O sexo e a identidade sexual são as suas preocupações e é senhora capaz de produz, compôr e interpretar todas as músicas. Tem imensas participações, incluindo com uma das bandas de gajas duras, as Chicks on Speed (Ver "We Don't Play Guitars"). Penso que falarei nestas senhoras mais tarde. Controversa, provocadora e moderna são os adejctivos que a caracterizam. Para ter uma ideia do trabalho desta senhora aqui ficam "AA XXX" e "Fuck the pain away".

4º - Skin (Ex-Skunk)

Quem me conhece sabe que não gosto da música dela. Nem quando estava nos Skunk Anansie. Verdade seja dita que esta mulher tem um vozeirão do demónio e parece que a carreira a solo até está a correr-lhe muito bem.
Ficam as provas em "Charlie Big Potato" e "Weak" enquanto vocalista dos Skunk Anansie e "Faithfulness" ou "Trashed" a solo.
Não há cá canções de amor lamechas, sobre fadas e príncipes. O mundo é assim, duro, negro e cruel. E é assim que ela o interpreta e exprime. É fantástico. É tão fantástico que até arrepia. E acho que é por isso que não gosto. Porque é demasiado verdadeiro e expressivo.
5º - Shirley Manson
Shirley não deveria necessitar de uma banda para vencer. Para já é gira, muito gira. E canta mesmo bem, pá! E desde pequenina que mostrou ser uma verdadeira dura, já que dia-sim dia-não andava à porrada na escola. Também sofreu de dismorfia corporal.
Enfim, os Garbage sem ela não seriam Garbage e foi com "I think I'm Paranoid" e "Push It" que ela mostrou o que vale.
Fala-se em projectos a solo, mas sempre sem muitos pormenores, por isso, é esperar que chegue o dia.
Encontrei algumas curiosidades no youtube, em que Shirley canta com Peaches e com Blondie, mas certamente que haverá muitas mais (como esta).
Devo dizer que este foi um dos TOP 5 que maior gozo me deu a escrever. É uma pena não saber cantar, nem tão pouco chegar aos calcanhares de qualquer uma destas senhoras aqui citadas. Mas todas elas são uma inspiração por quererem fazer da música uma arte através da qual se exprimem ao mundo de como o vêem. Dá que pensar sobre a nossa postura perante a realidade e o que fazemos acerca disso.
Próximo TOP 5: Bandas de gajas.

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